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Diagnóstico e tratamento da mastite subclínica

DIAGNÓSTICO E TRATAMENTO DA MASTITE SUBCLÍNICA
\r\n\r\nDra. Daniela Miyasaka S. Cassol, Médica Veterinária
\r\n\r\nGerente Técnica Saúde Animal / PDI
\r\n\r\nNoxon Saúde Animal, Cravinhos-SP
\r\n\r\nA mastite subclínica caracteriza-se por alterações na composição do leite, tais como aumento na contagem de células somáticas (CCS), aumento nos teores de proteínas séricas, diminuição nos teores de caseína, lactose, gordura e cálcio do leite. A CCS por animal e exame de CMT (no mínimo semanal) são fundamentais para diagnosticar a mastite subclínica.
\r\n\r\nO aumento na CCS é a principal característica da mastite subclínica, e para o diagnóstico recomendam-se os testes CMT (Califórnia Mastitis Test), WMT (Wisconsin Mastitis Test) e a contagem eletrônica de células somáticas (RUPP et al., 2000).
\r\n\r\nO controle leiteiro individual, que deve ser realizado no mínimo uma vez por mês, é um serviço prestado por alguns laticínios e pelas associações das raças leiteiras, tendo um custo variado, conforme a região. Já o CMT é um exame muito barato, 500ml de reagente custa em média 10 reais e faz o exame em 50 animais.
\r\n\r\nEsse valor é irrisório comparado aos prejuízos que a mastite subclínica causa. Alguns estudos demonstram prejuízos de aproximadamente US$ 200/vaca/ano somente em função da ocorrência de mastite (NATIONAL MASTITIS COUNCIL, 1996). A doença requer gastos representados principalmente por 70% de perda devido à redução na produção dos quartos com mastite subclínica; 8% pela perda do leite descartado por alterações e/ou pela presença de resíduos após tratamento; 8% pelos gastos com tratamentos, honorários de veterinários, mais despesas com medicamentos; 14% por morte ou descarte animal ou ainda pela desvalorização comercial do animal, por quartos afuncionais ou atrofiados (COSTA, 1998).
\r\n\r\nNos EUA, segundo BRAMLEY et al. (1996) estimaram prejuízo anual de 2 bilhões de dólares. No Brasil, essas informações são inconsistentes, entretanto, COSTA et al. (1999), trabalhando com rebanhos leiteiros dos estados de São Paulo e Minas Gerais, estimaram perdas pela doença de US$ 317,93/vaca/ano e prejuízos de US$ 20.611,32/propriedade/ano.
\r\n\r\nPara o tratamento é necessária a utilização de antimastiticos intramamamários (Topmast) e de uso sistêmico (Forticilina S, Terramax 20LA), além da adoção da terapia da vaca seca (Topsec e Selamast). Dependendo do tipo de mastite e do produto adotado na propriedade, o tratamento é realizado, geralmente, de três a sete dias, combatendo os microrganismos (bactérias).
\r\n\r\nImportante: Consulte sempre o Médico Veterinário e siga corretamente as orientações descritas nas bulas dos produtos. Obedecer às boas práticas de aplicação de produtos de uso veterinário.
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